Como prometido, e agora que as férias acabaram, aqui ficam as minhas impressões sobre o último desenvolvimento da ‘nossa’ Lusoscreen e em demonstração na VilaSound, Som & Imagem: o Darkstar plano.
Como habitual, aqui ficam as fotografias do ecrã com um pedaço de PVC com ganho 1.1 para comparação com o resto do ecrã. Comecei por fotografar com alguma luz ambiente (paredes escuras, de noite, apenas com um pequeno candeeiro ligado). Neste cenário, e em qualquer sala que não tenha paredes escuras, a luz ambiente é suficiente para comprometer drasticamente o contraste de uma tela branca normal. Como se pode ver, o quadrado de PVC exibe uma imagem muito esbatida em comparação com o Darkstar. Apanhei propositadamente a barra horizontal de cima que devia ser preta mas é amarelada, graças à lampada 2700K do candeeiro. Dentro do quadrado, a imagem parece enevoada e também com alguma perda de definição. Penso que aqui, tal como na versão curva revista aqui, as diferenças para melhor são inequívocas por parte do ecrã da Lusoscreen face a uma tela normal.
As telas brancas tornam-se aceitáveis apenas na escuridão total, com paredes, chão e teto também escuros. Como se comparam os ecrãs Lusoscreen neste cenário? Na review anterior vimos que as diferenças deixam de ser tão notórias mas continuam a ser significativas. Na minha opinião, essa observação mantém-se também no ecrã plano.
Torna-se mais difícil fotografar as diferenças de profunidade da cor preta nestas condições mas penso que são visíveis nas fotos (recomendo fazer o download de ambas ou abri-las em janelas diferentes para se compararem facilmente em tamanho grande). Neste filme (Mad Max: Fury Road – 2015), todas as cores estão com contraste melhorado para nos encher os olhos de vivacidade. A cor da pele da Imperator Furiosa mostra-se mais carregada e profunda sem o quadrado de PVC que, subjetivamente, me parece mais real com aquilo que é suposto vermos. Existem também mais nuances visíveis sem o PVC, nomeadamente à volta do olho onde observo alguns tons roxeados e pretos da maquilhagem, enquanto que com o PVC as cores parece menos ricas e o preto mais esbatido. Também na barra horizontal superior se observa a ausencia de um preto profundo que se vê em todo o resto do ecrã.
Conclusão
Eu adoro a versão curva, que ainda reside aqui na VilaSound, mas o ecrã plano apresenta poucas desvantagens e é muito mais acessível em termos de colocação e com menos restrições. A imagem é mais uniforme em termos de brilho e menos sensível ao local de visualização. Também permite, sem problemas, a colocação do projetor no teto, enquanto que as versões curvas obrigam à colocação do projetor perto das nossas cabeças ou de outra forma ocorre uma distorção na imagem (curvatura). Prefiro ligeiramente a profundidade e contraste da versão curva, com todas as reticencias que ela trás, mas a versão plana torna praticas e acessíveis todas as características que tanto gostamos nos ecrãs Lusoscreen. Bom trabalho família Candeias (equipa Lusoscreen)!
Mesmo para salas de cinema com luz controlada o ecrã Lusoscreen Darkstar plano representa um incremento de qualidade ao nível do contraste, profunidade das cores e definição superior ao que habitualmente se consegue com o upgrade do projetor para uma gama acima. Se considerarmos que tal upgrade custa normalmente milhares de euros, o Darkstar representa assim um excelente retorno de qualidade para o investimento em causa.
Ficha Técnica
Ecrã Lusoscreen Darkstar 100″ plano (PVP: 1200€)
Projetor JVC DLA-X30 (lampada com > 2700h)
Filmes/Imagens usadas: Mad Max: Fury Road – 2015
Gustavo Rosa
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