VilaSound, Som & Imagem

Teste/Review/Demo: Ecrã Lusoscreen Semi-Curvo Premium

A Lusoscreen

Made in Portugal, a Lusoscreen há muito tempo que é falada pelo mundo fora, em especial na Alemanha e em França.

Entre vários produtos destacam-se para nós os ecrãs Homecinema. São ecrãs porque diferem da habitual tela de PVC esticada numa moldura rígida de alumínio. Estes ecrãs têm como base uma superfície rígida (MDF) na qual projetamos a imagem com recurso a projetor.

Ecrã Lusoscreen Homecinema Plano Ganho 1 Premium

 

As telas brancas por concepção são incapazes de reproduzir a cor preta corretamente já que um projetor não emitecor preta mas sim a “ausencia de cor branca”. A capacidade do projetor produzir brilho intenso lado a lado com a “ausencia de branco” é que se traduz no contraste nativo e na nossa percepção da cor preta. Ou seja, na presença de um brilho intenso um cinzento escuro adjacente vai-nos parecer mais preto.

Todos os sistemas de projeção com tela branca melhoram o contraste e o nível de preto com o abaixamento de luz ambiente na sala. Mesmo uma sala com todas as luzes apagadas, mas com paredes brancas, vai ter níveis de luz ambiente elevados para uma correta reprodução de contraste e nível de pretos, já que a imagem projetada vai ser refletida da tela para as paredes que por sua vez vão iluminar a sala.

A sala de cinema na VilaSound encontra-se junto da montra da loja, o que significa que recebe luz ambiente, mas tem paredes muito escuras. Temos também a possibilidade de baixar o black-out da montra e apagar as luzes resultando em condições de luz ambiente extremamente baixa. No entanto, em certas horas de dias de sol a luz que entra é suficiente para baixar significativamente a qualidade de imagem em tela branca.

Ecrã Lusoscreen Premium Ganho 1 com tira de tela branca no lado direito – A Invenção de Hugo (2011)

Uma forma óbvia de melhorar o nível de preto é mudando a cor da tela para cinzento. Aí não há novidade. O problema que se coloca com tela cinzenta é que o ganho da tela se torna menor que 1, ou seja, o preto fica mais preto mas o branco também, significando que o contraste se mantém.

A tecnologia que a Lusoscreen desenvolveu permite ter um ecrã cinzento com diversos níveis de ganho. A tela que testámos e temos em demonstração tem um ganho de  1 (Lusoscreen Plano Premium Ganho 1), ou seja, igual ao de uma tela branca normal. Ou seja, os brancos são igualmente brancos mas os pretos são muito mais pretos. O que se propõe por isso é aumentar significativamente o nível de contraste sem trocar de projetor.

O ecrã é na verdade semi-curvo. A pedido ele pode ser feito completamente plano ou com uma ligeira curvatura. Eu preferi uma ligeira curvatura. É suficiente para garantir uma distribuição bastante uniforme da luminosidade mantendo o aspeto/estética de um ecrã plano.

 

O Teste

As fotografias tiradas não captam na totalidade o contraste do sistema (a velhinha Canon 350D já não dá para mais). Para demonstrar a diferença de nível de pretos é preciso aumentar um pouco a exposição resultando num bleeching das imagens mais brilhantes. Foram usadas condições com luz ambiente (luzes da loja ligadas e blackout aberto) vs escuridão. Nota: estas condições de luz ambiente são equivalentes a uma sala com luzes apagadas e paredes brancas. Foi colocada uma tira de tela normal por cima do ecrã Lusoscreen para comparação (por favor clickar nas fotos para ver com melhor qualidade).

Luz ambiente

Escuridão

 

Em condições de luz ambiente, o ecrã Lusoscreen consegue ter um nível de pretos muitíssimo bom criando uma imagem viva e profunda já que os brancos não parecem muito afetados. Em escuridão as diferenças também existem mas são menores, e mais difíceis de captar em fotografia.

 

De seguida optamos por tirar fotografias com e sem tira de tela branca por cima. Ajustamos também a exposição da fotografia conforme as condições de luz.

Luz ambiente

Luz ambiente

 

Escuridão

Escuridão

 

Para além da análise de pretos/brancos, a análise subjetiva é que com o ecrã Lusoscreen a imagem ganha outra riqueza, fruto do aumento de contraste, traduzindo-se numa maior profunidade, melhor efeito 3D e até melhor definição. O efeito pode ser descrito como o retirar de uma névoa da imagem, tornando-a menos baça. Penso que a imagem em baixo, da cara do James Bond mostra um pouco isso, pela forma como define melhor os detalhes do cabelo e da testa (o melhor é descarregar a imagem e trocar de uma para a outra para observar as diferenças).

Ecrã Lusoscreen

Ecrã Lusoscreen com tira branca

 

Conclusões

Em jeito de conclusão, gostámos imenso do Ecrã semi-curvo Lusoscreen e vamos manté-lo em demonstração nas nossas instalações. Para salas completamente escuras, uma tela branca serve muito bem e um ecrã Lusoscreen pode acrescentar algum contraste mas seguramente que quanto maior for a luz ambiente maior a diferença na qualidade/contraste da imagem na comparação ecrã Lusoscreen vs tela branca. Note-se que eu considero luz ambiente uma sala com todas as luzes apagadas mas com paredes brancas.

Em salas com luz, em que se pretende substituir a TV por um projetor, o Ecrã Curvo Ganho 3 será praticamente indispensável. É pena que ainda não tenhamos tido a oportunidade de experimentar o Ecrã Curvo nas nossas instalações mas tivémos oportunidade de o testar na fábrica Lusoscreen. O Ecrã Curvo permite a projeção em condições de luz impensáveis de outra forma.

 

Ficha técnica:

Ecrã Lusoscreen Homecinema Plano Premium Ganho 1 com 100″ – PVP: 1089€
Projetor Sony VPL-HW50ES
Filmes/Imagens usadas: Invenção de Hugo, 007 – Quantum of Solace, Batman – The Dark Knight Rises